Eduardo Eloy faz uma viagem introspectiva por uma iconografia estrutural, pessoal e intransferível. sua caligrafia não mudou, mas suas escrituras parecem mais livres. É  algo como se um filho visitasse a casa paterna depois de alguns anos e, à luz da maturidade, resolvesse antigos conflitos (plantando obviamente a semente para outros).

Sua trajetória de mais de trinta anos nuca teve momento de estagnação criativa, pois sempre buscou a expansão das possibilidades das técnicas que desenvolve com grande desenvoltura: A gravura, a pintura e o desenho. Quando Eduardo Eloy me mostrou esta nova série de desenhos, o impacto me levou, pela condição de curador do MAC Dragão do Mar, seguindo orientações do Governo do Estado do Ceará, ao dever de compartilhá-la. Não posso dizer que fui uma surpresa, pois de um  artista de tal envergadura, podemos esperar sempre a superação.

José Guedes
Curador do Mac-Dragão do Mar